domingo, 16 de novembro de 2014

Dilma vence Aécio por 51% a 48% e é reeleita presidente em 2014

Jornal GGN - A presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu das urnas, na noite de 26 de outubro, um segundo mandato com votação apertada em relação ao candidato do PSDB, Aécio Neves. Com 97,5% das urnas apuradas, sem chances de reação, o tucano ficou na casa dos 48,3% dos votos válidos, enquanto Dilma passou com pouco mais de 51,4%. Brancos e nulos somavam quase 7%. O número de abstenções foi de 21%.
Minas Gerais foi um estado decisivo para a vitória de Dilma. No segundo maior colégio eleitoral do País, a presidente venceu Aécio - ex-governador local - por 52,4% por 47,6%. No Rio de Janeiro, a petista levou a disputa por 54,9% contra 45% do adversário. Já em São Paulo, Aécio registrou seu melhor desempenho: 64,2% dos eleitores votaram no tucano, enquanto 35,7 preferiram Dilma. Espírito Santo fechou 53,8% para Aécio, e 46,1% para a chefe da República.
Confirmando as expectativas, Dilma levou vantagem na região Nordeste, onde venceu no primeiro turno e liderou em todas as pesquisas. Em Pernambuco, único estado onde ela dividiu votos com Marina Silva (PSB), Dilma venceu por 78% a 21%. Em Sergipe, o placar foi 67,01% a 32,99%. Paraíba rendeu à Dilma 64,2% ante 35,7% de Aécio. No Rio Grande do Norte, a vitória petista foi por 69,9% contra 30%. No Maranhão, Dilma também venceu Aécio por 78,7% a 21,2%. Piauí, 78,2% a 21,7%, Bahia (70% a 30%), Alagoas (62,1% a 37,8%) e Ceará (76,8% a 23,2%).
A região Sul também impulsionou o desempenho de Aécio Neves. No Paraná, o tucano teve 60,98% dos votos, ante 39,02% de Dilma. Em Santa Catarina, o senador obteve 64,59% dos votos, ante 35,41% da presidente reeleita. No Rio Grande do Sul, o resultado foi 53,5% para ele, contra 46,4% para ela.
No Centro-Oeste, Aécio venceu em todos os estado. O placar foi de 57,1% para ele contra 42,8% de Dilma em Goiás. A vitória se repete em Tocantins (59,4% contra 40,52%), Mato Grosso (54,6% a 45,3%), Mato Grosso do Sul (56,3% a 43,6%) e no Distrito Federal (61,9% a 38,1%)
Na região Norte, Aécio venceu em Rondônia (54,8% contra 45,1%), Roraima (58,9% a 41%), mas perdeu para Dilma no Amazonas (64,8% e 35,1%)), Pará (57,3% a 42,6%) e Amapá (61,4% a 38,5%). No Acre, com 79% das urnas apuradas, Aécio vencia com 63,4% e Dilma obteve 36,3%.

Pesquisas
No sábado anterior à definição, a pesquisa Datafolha mostrou empate técnico entre Aécio e Dilma, mas com a presidente à frente numericamente, com 52% das intenções de votos válidos, contra 48% do candidato tucano. O instituto foi o que mais se aproximou do resultado final.
Destacando situação de empate técnico dentro da margem de erro, a Folha de S. Paulo quis se precaver na reportagem que divulgou e interpretou: "a probabilidade maior é que Dilma esteja à frente. Isso porque a situação de empate efetivo só ocorre numa combinação que considera os máximos da margem de erro para cada um em sentidos opostos (Dilma para baixo, Aécio para cima)".
"Os números da atual pesquisa não podem ser confundidos com uma tentativa de previsão dos resultados da eleição deste domingo. O levantamento é um retrato da corrida eleitoral no período em que as entrevistas foram feitas. Como a maior das entrevistas foram realizadas nesta sexta, o levantamento não é capaz de captar com precisão eventuais mudanças de opinião no sábado. Nem tem como identificar eventuais alterações no próprio domingo", ainda havia completado a Folha, em referência ao "furo" divulgado pela revista Veja, apresentando denúncias, sem provas, de que Dilma e o ex-presidente Lula tinham conhecimento da corrupção na Petrobras.
Já na pesquisa Ibope, que ouviu menos eleitores -  3.010 frente aos 19.318 do Datafolha - mostrou Dilma vencendo, fora da margem de erro: a candidata petista atingiu 49%, e o tucano, 43% dos votos totais.
Embate
A disputa presidencial deste ano culminou na mais apertada desde 1989, colecionando uma série de situações imprevisíveis. Quando parecia que o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), iria subir nas pesquisas após a alta exposição em rede nacional, um acidente aéreo em São Paulo encerrou a carreira do neto de Miguel Arraes, e deu à Marina Silva, correligionária, a chance de disputar novamente o Palácio do Planalto. Marina perdeu no primeiro turno com 21% dos votos válidos.
A partir daí, uma corrida iniciou-se em torno da ampliação das alianças. Nessa batalha, Aécio saiu na frente, angariando, principalmente, o apoio do PSB e seus seguidores. De quebra, conseguiu fazer Marina voltar atrás em sua promessa de não subir em palanque de tucano.

Fonte: jornalggn

Nenhum comentário:

Postar um comentário