domingo, 16 de novembro de 2014

Estudo conclui que jornada de trabalho instável envelhece o cérebro.

Cientistas da França e do País de Gales realizaram estudo com trabalhadores que durante 10 anos cumpriram horários de trabalho instáveis.


Cientistas da França e do País de Gales realizaram um estudo com 3 mil trabalhadores que durante 10 anos cumpriram jornadas de trabalho instáveis. O correspondente Roberto Kovalick explica a conclusão da pesquisa:
Trabalhar à noite, dormir de dia, sem hora certa. Os sinais de que esse hábito afetava Cauã surgiram quando ele jogava futebol com os amigos. "Eu sentia cansado, falta de sono. Depois de 15 minutos, pedia para sair.", Cauã de Paula, barman.

Pessoas ficam propensas a cometer erros e ter doenças como demência
Após sete anos, ele pediu demissão do restaurante. Só voltou depois que o patrão, Renato, concordou com um horário fixo. Só que para Renato, não tem jeito: tem que estar ligado o tempo todo. "Eu envelheci.", conta Renato Pazian, dono do restaurante.
O estudo publicado nesta terça-feira (4) mostra que dez anos de jornadas de trabalho instáveis, sem horários regulares, fazem o cérebro envelhecer seis anos e meio a mais. As pessoas desenvolvem problemas de atenção e memória. Ficam mais propensas a cometer erros e ter doenças como demência.

Mudança na rotina pode reverter os danos ao cérebro

O motivo é que o corpo é programado para trabalhar durante o dia e dormir à noite. A pesquisa tem uma boa notícia: quando a pessoa passa a ter uma rotina mais regrada, por até cinco anos, os danos ao cérebro são revertidos. O Cauã já vive essa rotina há três meses.
Jornal Nacional: Como você se sente?
Cauã de Paula, barman: Cem por cento melhor.
Jornal Nacional: E o futebol?
Cauã de Paula: Agora é show de bola.
Para quem não tem opção, como Renato, os pesquisadores aconselham exames médicos constantes e ao menos tentar criar uma rotina.

Fonte: g1

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