LUIZA DAMÉ e CATARINA ALENCASTRO, no Globo
Online
- Mais do que um debate estamos aqui para
procurar soluções. Buscamos respostas, todas elas republicanas e participativas,
aos problemas que inquietam e mobilizam o povo brasileiro – disse Dilma na
abertura da reunião que convocou com todos os governadores, prefeitos das
capitais e seus principais ministro – O povo está nas ruas dizendo que quer as
mudanças, está nos dizendo que quer mais cidadania. Quer serviços públicos de
qualidade, mecanismos mais eficientes de combate à corrupção – disse ainda a
presidente Dilma.
Antes do encontro, a presidente recebeu no
Palácio do Planalto representantes do Movimento Passe Livre, que iniciou a onda
de protestos pelo país com o objetivo de reduzir as tarifas de ônibus.
A presidente listou quais são os cinco pactos
que ela propõe agora: o primeiro ponto é a estabilidade fiscal; uma reforma
política com a proposição de um plebiscito para uma Constituinte com fim
exclusivo de tratar desse assunto; recursos e ações exclusivas para o SUS; plano
para o transporte público, com o anuncio de desoneração de PIS e Cofins para o
diesel e para a energia que move veículos da rede de transporte; e ações para a
educação, com destinação de 100% dos recursos do pré-sal para o setor.
- Estamos passando por um inequívoco processo
de mudança, talvez a mais ampla que o país já vivenciou – afirmou a presidente,
que reforçou que é preciso ouvir o que dizem as manifestações nas ruas.
Ela deu destaque, dentro do pacto de reforma
política, à definição de regras mais severas para corrupção, inclusive prevendo
a possibilidade de que seja considerada crime hediondo, quando for dolosa.
Ela destacou que o que está acontecendo no país
é reflexo de um processo de inclusão social, e que “agora o povo nas ruas quer
mais”.
- Quer uma representação política permeável,
uma sociedade em que o cidadão, e o não o direito econômico, esteja em primeiro
lugar. É bom que o povo esteja dizendo isso em alto e bom som. Cabe a cada um de
nós ouvir.
Dentro do primeiro pacto, de responsabilidade
fiscal, Dilma destaca que o objetivo é garantir estabilidade econômica, com
controle da inflação.
Sobre o segundo pacto, de reforma política,
Dilma afirmou que o segundo pacto gira em torno da “construção de ampla e
profunda reforma política, que amplie a participação popular e amplie o
horizonte da cidadania”
- Todos nós já sabemos que esse tema entrou e
saiu várias vezes na pauta do país, temos a iniciativa de sair do impasse –
disse a presidente, que propôs um plebiscito popular para criar uma constituinte
específica para a reforma política.
No terceiro ponto, a presidente colocou o SUS,
e destacou que a classe médica não precisa se preocupar com a importação de
médicos do exterior, já que será dado prioridade aos profissionais brasileiros
antes de se oferecer postos de trabalho a profissionais de outros países.
- Não se trata de medida hostil a nossos
médicos, mas uma ação emergencial em encontrar médicos em número suficiente e
com disposição para as regiões mais remotas. Sempre oferecemos primeiro aos
médicos brasileiros as vagas, só depois chamaremos os estrangeiros.
Dentro das medidas de mobilidade urbana – o
quarto pacto, Dilma anunciou a aguardada desoneração do PIS e da Confins para o
óleo diesel, que movimenta esses veículos do transporte público.
- Decidi destinar mais R$ 50 bilhões em
investimentos para obras de mobilidade urbana e investir em metrôs, tivemos a
incorreta opção de não investir em metrô.
Por fim, no pacto pela educação pública, a
presidente reforçou que nenhuma nação se desenvolve sem educação em tempo
integral, creches, ensino profissionalizante, e universidades, e afirmou que
condição essencial nesse pacto é a boa remuneração dos professores.
Fonte: viomundo
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