sábado, 27 de abril de 2013

Audiência pública sobre aposentadoria especial para atividades de risco.

Matéria enviada via E-mail pelo nosso nobre colega de serviço da P.T.O
Penitenciária Teófilo Otoni, Sr. Rosalvo da Silva Santana. 

Audiência pública sobre aposentadoria especial para atividades de risco.

Ocorreu na tarde desta 3ª-feira (23/04), em Brasília, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público – CTASP, a audiência pública para debater o PLP 554/2010 e as questões relacionadas às categorias afetadas pelo projeto. Convidados presentes: Leonardo José Rolim Guimarães, Secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social; Paulo Sérgio Costa da Costa, Presidente da Federação das Entidades Representativas dos Oficiais de Justiça Estaduais do Brasil – FOJEBRA; Joaquim José Teixeira Castrillon, Presidente da Federação Nacional das Associações de Oficiais de Justiça Avaliadores Federais – FENASSOJAF; Ciro José de Freitas, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF; Sérgio Aurélio Velozo Diniz, Vice-Presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil; Rosângela Silva Rassy, Presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho; Jones Borba Leal, Presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais; Edmilton Gomes de Oliveira, Presidente da Associação Nacional dos Agentes de Segurança do Poder Judiciário da União; Renato Antônio Borges Dias, Diretor Parlamentar da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais e Antonio Marcos Mariano Anastácio, Diretor Jurídico da Associação de Polícia do Congresso Nacional.

Destaque para o significativo número de servidores que compareceu a audiência.
Abertos os trabalhos pelo Deputado Roberto Santiago, presidente da CTASP, a palavra inicial foi concedida ao presidente da FOJEBRA.
Paulo Sérgio destacou sua satisfação em ver, pela primeira vez em seis anos de debates e mobilização, o Executivo estar oficialmente representado, de modo acreditar que desta feita além de uma conotação mais forte ao evento, avançaremos neste tema. Defendeu a inclusão dos Oficiais de Justiça no projeto de aposentadoria, por atividade de risco, em razão das peculiaridades e características da profissão, que expondo a classe a riscos, de forma continuada, e com o agravante do descaso do Estado que, por omissão, não proporciona a seus agentes nenhum tipo de proteção e segurança.
Foram aproximadamente três horas de debates. Por sua vez, o representante do governo deixou claro que, na ótica do conceito “atividade de risco” é aquela que é continuada, portanto, hoje, somente extensiva a policiais e agentes prisionais.
O Deputado Policarpo defende negociação e mobilização como forma de garantir as aposentadorias das atividades de risco e pretende apresentar seu relatório no mês de maio. As entidades dos servidores prometem se mobilizar para garantir a aprovação do relatório.
O relator da proposta de regulamentação das aposentadorias das atividades de risco (PLP 330/06), deputado Policarpo (PT-DF), vai fazer uma nova rodada de negociações com governo federal e estados em busca de um acordo que permita a votação da proposta.
O projeto de lei complementar (PLP 554/10) enviado pelo governo federal para substituir a lei em vigor tem sido contestado pelas entidades de diversas categorias que participaram de audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração Pública e Serviço Público.
A lei atual (Lei Complementar 51/85) prevê que policiais têm direito a se aposentar com cinco anos a menos de trabalho do que as outras profissões, 30 anos. Quem se aposenta tem direito a continuar recebendo a mesma quantia que recebia na ativa e a ter os mesmos reajustes de quem continua trabalhando.
A proposta do governo inclui os agentes penitenciários, diferencia os períodos de trabalho para homens e mulheres e coloca a exigência de idade mínima. Quem entrou depois de 2003 perde a integralidade e a paridade e entra na Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp).
Em seu relatório Policarpo pretende incluir outras categorias também expostas a riscos, entre elas oficiais de justiça, auditores fiscais e do trabalho e agentes de segurança legislativos e judiciários querem ser inseridos na proposta porque trabalham sozinhos, desarmados e em muitas situações de perigo. Mas para o governo federal, só têm direito a essa aposentadoria profissionais que passam risco permanente.
O relator, deputado Policarpo, também adiantou que não vai revogar a lei que garante a aposentadoria integral dos policiais e prevê um grande embate com o governo federal e avisou às lideranças dos trabalhadores a necessidade de mobilizar as categorias.
"O meu relatório é a expressão do meu compromisso com os servidores públicos. Para garantir sua aprovação é necessário que essa mobilização de hoje permaneça até a aprovação final do projeto", disse o deputado. "Todos vocês têm que estar aqui e acompanhar os próximos passos pra gente poder avançar."

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